domingo, 26 de junho de 2011
sexta-feira, 10 de junho de 2011
AUTISTANDO - FACEBOOK
Por Bruno Moury Fernandes
Provavelmente, se você receber um abraço do seu filho, interpretará aquilo como um simples gesto de carinho. Nada demais. Se ele simplesmente o olha atentamente, você terá esse ato como algo normal. O mesmo acont...ecerá se você o chamar e ele imediatamente responder. São atos banais do dia a dia de qualquer pessoa, certo? Errado. Essas atitudes podem ser de difícil execução para alguns especiais: os autistas. No caso deles, esse comportamento aparentemente corriqueiro pode significar superação e conquista.
Estes são alguns sinais e sintomas das pessoas inseridas no espectro autista: dificuldade de se relacionar de forma recíproca com outras pessoas, dificuldade no uso da imaginação, aversão ao contato físico, dificuldade em manter o contato visual, não compartilhamento do foco de atenção, dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa. Seria impossível listar todos os sinais aqui, pois o autismo se apresenta de diversas formas e em diferentes graus de dificuldade e comprometimento.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente). Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo sejam autistas. No Brasil, esse número pode chegar a 2,5 milhões de indivíduos. São dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de um problema de saúde pública que deve, portanto, ser devidamente enfrentado pelas autoridades competentes.
A completa ignorância da sociedade sobre o assunto talvez seja o maior obstáculo enfrentado pelos autistas e por seus familiares. A medicina, por sua vez, ainda “escorrega” nessa área. Não se sabe ao certo como surge. Ainda não se sabe qual a cura, mesmo que existam registros de pessoas que tenham saído do espectro.
O autista, do ponto de vista legal, é considerado um deficiente físico e, como tal, está amparado por legislação. A Lei Federal 7.853/89 determina que cabe ao poder público e a seus órgãos assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social e ao amparo à infância.
Hoje (2/4), neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, vários monumentos pelo mundo (inclusive o Cristo Redentor) estarão iluminados com a cor do movimento: azul. Desejável que essa data, decretada pela ONU, servisse de reflexão para toda a sociedade brasileira, profissionais, famílias, planos de saúde, escolas e poder público.
Juntos, podemos difundir o conhecimento acerca do autismo, assim como foi feito com a síndrome de Down nos últimos 20 anos. Com conhecimento pela sociedade e com a intervenção adequada, o autista pode ter vida social, constituir família, trabalhar, estudar, praticar esportes, ir e vir.
O autista não precisa da sua piedade. Precisa apenas da sua compreensão e aceitação. O poder do olhar e do abraço de uma criança autista é algo divino. Neles, detectamos mistério, esperança, amor, ingenuidade, insegurança, pureza e superação. Tudo ao mesmo tempo. O autista é inteligente e feliz, conquanto muitas vezes pareça estar sozinho, isolado em seu “próprio mundo”. Ser autista é tão somente enxergar a vida por outro ângulo, com outros olhos. Olhos de Yeshua.
* Bruno Moury Fernandes é advogado e membro do Grupo de Estudos do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (Getid).Ver mais
Provavelmente, se você receber um abraço do seu filho, interpretará aquilo como um simples gesto de carinho. Nada demais. Se ele simplesmente o olha atentamente, você terá esse ato como algo normal. O mesmo acont...ecerá se você o chamar e ele imediatamente responder. São atos banais do dia a dia de qualquer pessoa, certo? Errado. Essas atitudes podem ser de difícil execução para alguns especiais: os autistas. No caso deles, esse comportamento aparentemente corriqueiro pode significar superação e conquista.
Estes são alguns sinais e sintomas das pessoas inseridas no espectro autista: dificuldade de se relacionar de forma recíproca com outras pessoas, dificuldade no uso da imaginação, aversão ao contato físico, dificuldade em manter o contato visual, não compartilhamento do foco de atenção, dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa. Seria impossível listar todos os sinais aqui, pois o autismo se apresenta de diversas formas e em diferentes graus de dificuldade e comprometimento.
O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente). Estima-se que cerca de 70 milhões de pessoas no mundo sejam autistas. No Brasil, esse número pode chegar a 2,5 milhões de indivíduos. São dados da Organização das Nações Unidas (ONU). Trata-se de um problema de saúde pública que deve, portanto, ser devidamente enfrentado pelas autoridades competentes.
A completa ignorância da sociedade sobre o assunto talvez seja o maior obstáculo enfrentado pelos autistas e por seus familiares. A medicina, por sua vez, ainda “escorrega” nessa área. Não se sabe ao certo como surge. Ainda não se sabe qual a cura, mesmo que existam registros de pessoas que tenham saído do espectro.
O autista, do ponto de vista legal, é considerado um deficiente físico e, como tal, está amparado por legislação. A Lei Federal 7.853/89 determina que cabe ao poder público e a seus órgãos assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à previdência social e ao amparo à infância.
Hoje (2/4), neste Dia Mundial de Conscientização do Autismo, vários monumentos pelo mundo (inclusive o Cristo Redentor) estarão iluminados com a cor do movimento: azul. Desejável que essa data, decretada pela ONU, servisse de reflexão para toda a sociedade brasileira, profissionais, famílias, planos de saúde, escolas e poder público.
Juntos, podemos difundir o conhecimento acerca do autismo, assim como foi feito com a síndrome de Down nos últimos 20 anos. Com conhecimento pela sociedade e com a intervenção adequada, o autista pode ter vida social, constituir família, trabalhar, estudar, praticar esportes, ir e vir.
O autista não precisa da sua piedade. Precisa apenas da sua compreensão e aceitação. O poder do olhar e do abraço de uma criança autista é algo divino. Neles, detectamos mistério, esperança, amor, ingenuidade, insegurança, pureza e superação. Tudo ao mesmo tempo. O autista é inteligente e feliz, conquanto muitas vezes pareça estar sozinho, isolado em seu “próprio mundo”. Ser autista é tão somente enxergar a vida por outro ângulo, com outros olhos. Olhos de Yeshua.
* Bruno Moury Fernandes é advogado e membro do Grupo de Estudos do Transtorno Invasivo do Desenvolvimento (Getid).Ver mais
quarta-feira, 1 de junho de 2011
ORAÇÃO DAS CRIANÇAS ESPECIAIS
"Bem aventurados os que compreendem o meu estranho passo a caminhar.
Bem aventurados os que compreendem que ainda que meus olhos brilhem, minha mente é lenta.
Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato.
Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez.
Bem aventurados os que nunca me lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem aventurados os que compreendem que me é difícil converter em palavras os meus pensamentos.
Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer.
Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora não o possa expressar”.
Bem aventurados os que compreendem que ainda que meus olhos brilhem, minha mente é lenta.
Bem aventurados os que olham e não vêem a comida que eu deixo cair fora do prato.
Bem aventurados os que, com um sorriso nos lábios, me estimulam a tentar mais uma vez.
Bem aventurados os que nunca me lembram que hoje fiz a mesma pergunta duas vezes.
Bem aventurados os que compreendem que me é difícil converter em palavras os meus pensamentos.
Bem aventurados os que me escutam, pois eu também tenho algo a dizer.
Bem aventurados os que sabem o que sente o meu coração, embora não o possa expressar”.
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